Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) vêm ganhando destaque como alternativas sólidas de investimento em renda fixa. Com características únicas, esses títulos oferecem uma série de benefícios para quem busca segurança e rentabilidade líquida atrativa.
Neste artigo, você entenderá em detalhes o funcionamento, vantagens, riscos e recomendações para aproveitar todo o potencial desses produtos.
Os CRIs e CRAs são títulos de renda fixa emitidos por securitizadoras, com o objetivo de financiar projetos dos setores imobiliário e do agronegócio, respectivamente. Cada título é lastreado em recebíveis originados por contratos de venda ou de aluguel de imóveis (no caso dos CRIs) ou em faturas futuras do setor agrícola (nos CRAs).
Ao adquirir esses títulos, o investidor antecipa o recebimento de fluxos futuros, recebendo juros e correção monetária em prazo predeterminado.
O mecanismo de securitização envolve três etapas principais:
Esse fluxo permite que incorporadoras e produtores rurais antecipem receitas, enquanto o investidor passa a ter direito aos pagamentos futuros, acrescidos de juros.
Uma das grandes atrações desses investimentos é a isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas, fator que aumenta significativamente a rentabilidade líquida.
Além disso, contribuem para o fomento ao mercado imobiliário e agro, impulsionando setores estratégicos da economia.
Os CRIs e CRAs podem apresentar diferentes formas de remuneração:
Cada formato atende a perfis distintos de investidor, seja quem busca previsibilidade ou proteção contra a inflação.
Embora ofereçam benefícios, esses títulos possuem riscos inerentes que precisam ser avaliados com cautela.
O principal é o risco de inadimplência da empresa originadora dos recebíveis, já que esses papéis não contam com garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). A liquidez também pode ser limitada, pois nem sempre há mercado secundário ativo.
É fundamental realizar uma análise de crédito cuidadosa da securitizadora e do devedor antes de investir.
Apesar de similares em relação à isenção fiscal, CRIs e CRAs diferem de produtos como LCI e LCA:
Imagine uma incorporadora que vende apartamentos em parcelas e transfere o direito de recebimento à securitizadora. Essa empresa então emite CRIs para antecipar o fluxo financeiro, permitindo novos investimentos em obras.
No caso de um CRA, um produtor rural vende a safra futura e cede esses créditos a uma securitizadora, que capta recursos junto a investidores interessados em apoiar e lucrar com o agronegócio.
Os CRIs e CRAs exercem papel crucial no fomento aos setores essenciais da economia. Ao canalizar recursos diretamente para o mercado imobiliário e agroindustrial, esses títulos promovem a construção de moradias, a expansão de lavouras e a modernização de equipamentos.
Além disso, fortalecem a diversificação de investimentos no mercado de capitais, ampliando as opções para investidores brasileiros e atraindo capital estrangeiro.
Os CRIs e CRAs representam oportunidades únicas de investimento em renda fixa, combinando benefícios fiscais relevantes com apoio direto a setores fundamentais da economia.
Para aproveitar todo o potencial desses títulos, é essencial entender seu funcionamento, avaliar riscos e alinhar as escolhas ao seu perfil. Com planejamento e monitoramento, você poderá alcançar uma carteira mais robusta e eficiente.
Referências